Carta aberta
Se você chegou até aqui é para conhecer um pouco mais de mim. Apresentarei neste site minha vida, meus estudos, uma jornada dedicada às artes e à espiritualidade. Estou também cursando faculdade de arquitetura, um sonho antigo de aprender a construir.
Imagino que você possa ter entrado em contato com uma história mentirosa que foi divulgada sobre mim e Prem Baba na Revista Época em 2018, e que outras mídias replicaram em efeito dominó. Minha intimidade foi exposta e contada de forma cruel, violenta e irresponsável. Mentiras foram relatadas para jornalistas por fontes anônimas e que seguem protegidas por uma lei de proteção da liberdade de expressão que protege tanto a fonte como o veículo de imprensa. Assim como aconteceu na minha vida, já sabemos que outras histórias foram contadas e vidas destruídas por irresponsabilidade de algumas pessoas que compõem as mídias.
Uma história mentirosa pode ser perpetuada nas redes sociais causando danos significativos à vida. A mídia tem sim um papel importante em revelar fatos e trazer a público questões que promovam a reflexão, checando os lados da história imparcialmente, permitindo que todos envolvidos sejam escutados, o que faz dela legítima. Mas isto não aconteceu no meu caso.
E mesmo quando isto acontece, com o passar do tempo, provado que estes fatos não são verdadeiros, não vemos a retratação desses mesmos veículos de comunicação reparando à altura o erro cometido. Um exemplo disso foi uma única queixa apresentada ao ministério público por abuso contra Prem Baba que foi arquivada por uma promotora por inconsistência das acusações e por falta de provas.
A minha reflexão aqui é como a vida do ser humano se torna descartável e fica à mercê da voracidade dos interesses das publicações tendenciosas de parte da mídia.
Como é fácil falar da vida do próximo, sem conhecer a fundo essa pessoa e essa vida, fantasiando coisas e, a partir de um raso recorte distorcido, criar uma realidade total. Isso acontece desde os nossos círculos mais íntimos e ganha proporções desmedidas e avassaladoras nas redes sociais.
Um exemplo disso e bem fácil de entender são as exposições nas mídias sociais que, a partir do que é exposto, sendo verdade ou mentira, ou mesmo parte da realidade, muitos passam a se relacionar com uma imagem ou história ali publicada e não mais com o ser humano.
Essa matéria mal intencionada e abusiva foi publicada há mais de 2 anos e optei por passar por esse período em silêncio até agora. Me senti muito humilhada, constrangida, envergonhada e impotente. Fui alvo de muitas fofocas a partir dessa publicação e para minha surpresa muitos que se mostravam meus amigos, depois de uma convivência de mais de 20 anos, se distanciaram; outros me atacaram e sem nenhuma empatia vieram verificar comigo a veracidade dos fatos colocados ali.
Foi um pesadelo suportar junto com Prem Baba todos os ataques que nós recebemos nestes tempos em silêncio, pois eu sei o homem honesto, cuidadoso, e comprometido com valores humanos que ele é. E mesmo sofrendo tudo isso seguimos juntos no amor.
Nesse período, busquei medidas jurídicas que visam reparar estes danos e existem processos em andamento. Em alguns já obtive êxitos, com publicações que já foram retiradas e, em outros, ainda não.
Hoje em dia, tendo passado por isso, tenho muito mais empatia com pessoas que são alvos destes tipos de ataques de fake news e cancelamentos digitais. Percebo como somos vulneráveis à sociedade líquida.
A minha escuta também se tornou muito mais cuidadosa e atenta ao que falam de outras pessoas para mim, e também o que eu leio na mídia. A verdade é que podemos conhecer alguém de fato apenas convivendo com ela, ou conhecendo todos os lados de uma história. Concluo esta carta com uma reflexão para a necessidade de desenvolvermos o respeito e a consideração com a vida de todos.
Pretendo abrir este canal para compartilhar minhas inspirações, criações e tudo de bom da minha vida para você que tem vontade de me conhecer melhor.
Marcela / Lileshvarí
Open letter
If you have come here, it is because you would like to know a little more about me. Here on this website I will display my life, my studies, a journey dedicated to the arts and spirituality. I am also enrolled at a University to study architecture. That was an old dream of mine to learn how to build.
I can imagine that you may have come across an untruthful story about Prem Baba and me that was published in Época Magazine in 2018, and later replicated by other media in a domino effect. My intimacy was exposed and told in a cruel, violent and irresponsible way. Journalists were told lies by anonymous sources that are still protected by the law of freedom of expression, which protects the news sources as well as the media outlets. Just like it has happened in my life, we are now aware of other stories that were told and lives have been shattered because of the irresponsibility of some press agents.
An untruthful story can be perpetuated on social media, causing significant damage to a person’s life. The press has indeed an important role to play: that of revealing facts and making issues public, promoting reflection as well as impartially checking both sides of the story, which then allows all parties involved to be heard. That makes it legitimate. But this did not happen in my case.
And even when it does happen, when overtime it is proved that these facts were indeed untruthful, we don’t see a retraction from these very same communication outlets in an effort to properly repair their mistake. One example of this is the fact that the only indictment for abuse that was filed against Prem Baba in the Public Ministry was dismissed and shelved by the public prosecutor because of inconsistency of the accusations and lack of evidence of wrongful acts.
My reflection here is… how can a human being’s life become so disposable and remain at the mercy of the medias’ voracious interests with their biased publications?
How easy it is to speak of our neighbor without knowing this person deeply, to fantasize about their life and come up with a total reality merely based on a shallow distorted clipping. This begins in our closest and most intimate circles and gets immeasurable and devastating proportions when it reaches social media.
One example of this that is quite easy to understand is the exposition on social media. People look at what is exposed regardless of whether it is true or false—or even a partial reality—and many start relating to an image or a story that is published there and stop relating to the human being.
This malicious and abusive feature story was published over 2 years ago and I chose to go through this period in silence until now. I felt very humiliated, embarassed, ashamed and impotent. I became the subject of much gossip following this publication and, to my surprise, many of the people who used to call themselves my friends drifted away after more than 20 years together. Others attacked me coming to me without any empathy attempting to verify the veracity of the facts that were printed there.
It was a nightmare to bear all the attacks that Prem Baba and received in silence this whole time, because I know the honest and caring man that he is and how commited he is to human values. And despite all this suffering we continue together in the power of love.
During this period I sought legal measures that aim at reparing these damages and some of these lawsuits are currently ongoing. I have already had success in a few of them and a few publications have been withdrawn, while others not yet.
Nowadays, after having been through all of this, I have much more empathy towards people who become targets of this kind of fake news attacks and digital cancellation. I realize just how vunerable we are to liquid society.
I have also learned to listen in a much more careful and sensitive way to what people tell me as well as what I read in the news. The truth is that we can only effectively know someone either when we are there with them to witness or when we hear all sides of a story. In conclusion of this letter, I would like to bring up a reflection about the need for us to develop respect and consideration towards everyone’s lives.
I intend to open this channel so that I can share my inspirations, creations and all the good things in my life with the ones who wish to know me better.
Marcela / Lileshvarí
Carta abierta
Si llegaste hasta aquí, es porque quieres conocer un poco más de mi. En esta página, presentaré mi vida, mis estudios, un camino dedicado a las artes y a la espiritualidad. También estoy cursando arquitectura en la facultad, un viejo sueño de aprender a construir.
Imagino que puedes haber entrado en contacto con una historia mentirosa que fue divulgada sobre mi y Prem Baba en la Revista Época en 2018, y que otros medios replicaron en efecto dominó. Mi intimidad fue expuesta y contada de forma cruel, violenta e irresponsable. Fuentes anónimas relataron mentiras a los periodistas y fueron protegidas por una ley de protección de la libertad de expresión que protege tanto a la fuente, como al medio de comunicación. Así como sucedió en mi historia, ya sabemos que otras historias fueron contadas y otras vidas fueron destruidas por la irresponsabilidad de algunas personas que son parte de los medios.
Las redes sociales pueden perpetuar una historia mentirosa, causando daños significativos en la vida. Los medios tienen el papel importante de revelar hechos y llevar, para el público, cuestiones que promueven la reflexión, verificando las partes que componen la historia imparcialmente, permitiendo que los involucrados sean escuchados, lo que los legitima. Pero eso no sucedió en mi caso.
Y aún cuando esto sucede, con el pasar del tiempo, habiendo sido probado que los hechos no son verdaderos, no vemos a estos medios de comunicación retratando esto, reparando con altura el error que cometieron. Un ejemplo de eso fue una única queja presentada al ministerio público por abuso contra Prem Baba que fue archivada por una promotora por inconsistencias en las acusaciones y por falta de pruebas.
Mi reflexión aquí es como la vida de un ser humano se convierte en desechable y está a merced de la voracidad de los intereses de las publicaciones tendenciosas de los medios de comunicación.
Como es fácil hablar de la vida del prójimo, sin conocer profundamente esa persona y esa vida, fantaseando cosas y, a partir de un recorte superficial y distorcionado, crear una realidad total. Eso sucede en nuestros círculos más íntimos y se multiplica a escalas masivas y abrumadoras en las redes sociales.
Un ejemplo de esto y fácil de entender son las exposiciones en las redes sociales que, a partir de lo que es expuesto, siendo verdad o mentira, o aún parte de la realidad, muchos pasan a relacionarse con una imagen o historia publicada allí y no con el ser humano.
Esta noticia mal intencionada y abusiva fue publicada hace más de dos años y opte por pasar este periodo en silencio hasta ahora. Me sentí humillada, constreñida, avergonzada e impotente. Fui centro de muchos chismes a partir de esa publicación y, para mi sorpresa, muchos que parecían ser mis amigos, después de una convivencia de más de 20 años, se distanciaron; otros me atacaron y sin ninguna empatía vinieron a confirmar conmigo la veracidad de los hechos colocados allí.
Fue una pesadilla soportar junto con Prem Baba todos los ataques que recibimos en estos tiempos en silencio, pues sé el hombre honesto, cuidadoso y comprometido con valores humanos que él es. Y aún sufriendo todo eso, seguimos juntos en el amor.
En ese período, busqué medidas jurídicas que buscan reparar estos daños y existen procesos en curso. En algunos ya tuve éxito, con publicaciones que ya fueron retiradas y, en otros, todavía no.
Hoy en día, habiendo pasado por eso, tengo mucho más empatía con las personas que son blanco de este tipo de ataques de fake news y cancelación digital. Entiendo que somos vulnerables a la sociedad líquida.
Mi escucha se tornó mucho más cuidadosa y atenta a lo que me dicen de otras personas, y también a lo que leo en los medios. La verdad es que, de hecho, sólo podemos conocer a alguien conviviendo con esa persona, o conociendo todos los lados de una historia. Concluyo esta carta con una reflexión sobre la necesidad de desarrollar respeto y consideración por la vida de los otros.
Mi intención es abrir este canal para compartir mis inspiraciones, creaciones y todo lo bueno de mi vida para ti que quieres conocerme mejor.
Marcela / Lileshvarí